Maior alcance, velocidade e
controle de qualidade garantem o impacto positivo do “Software as a
Service” (SaaS) para os empreendedores.

No modelo tradicional, uma empresa desenvolve o seu produto, vende uma
licença de uso e entrega CDs para a instalação. O cliente precisa
comprar hardware, instalá-lo numa infraestrutura especializada, ligá-lo
na rede da empresa e instalar o software (no caso de um software básico
ou de plataforma, como banco de dados ou middleware). No caso de um
pacote aplicativo de negócio, vai ter quer comprar também serviços para
customização e implementação.
Já com o sistema em produção, o cliente deverá instalar updates de
atualização (para corrigir erros e eliminar brechas de segurança, por
exemplo), que fazem parte do contrato de manutenção. Quando uma nova
versão for lançada, precisará de um novo projeto, não somente para
migrar todo o sistema, mas para fazer upgrade de hardware,
equivalendo-se ao nível de sistema operacional da nova versão.
Tipicamente, o Software as a Service (SaaS) é um modelo ideal para pequenas empresas, que não precisam ter a sua área de tecnologia da informação, mas também se aplica a grandes e médias
empresas, para projetos departamentais nos quais a necessidade de
negócio exige uma velocidade maior de implantação inicial. Além disso,
após o primeiro ano de operação em regime de produção, é possível
transferir o projeto para dentro da área de TI da empresa.
Para o empreendedor da área de software, o impacto é muito positivo.
Ganha-se alcance, pois o produto fica disponível pela Internet. A
velocidade de adoção é muito maior, uma vez que o investimento upfront é
substituído por um serviço mensal, além de eliminar a fase de
investimentos em hardware e infraestrutura. O controle da qualidade do
produto é imediato, pois não depende do cliente instalar as correções,
tudo é feito de maneira centralizada de forma que a última versão esteja
disponível para os clientes simultaneamente.
Permanecem, no entanto, alguns pontos de atenção, que
não se alteram para o modelo SaaS: desenvolver o software usando padrões
abertos de mercado garantem que o cliente possa integrá-lo com outras
aplicações; capacitar uma rede de implementadores; e preparar a força de
vendas para identificar os benefícios para o negócio do cliente, pois o
software não se vende sozinho pela Internet.
Raul Miyazaki é Diretor de Contas Estratégicas de Financial Services da Oracle do Brasil.
Disponível em: http://www.endeavor.org.br/endeavor_mag/operacoes/tecnologia/as-transformacoes-da-industria-de-software
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