Relatório da ONU traz informações sobre a economia criativa e as principais indústrias do setor, um dos mais dinâmicos do comércio mundial
As indústrias criativas, no contexto atual, se tornaram um dos setores mais dinâmicos do comércio mundial. Por meio da promoção da criatividade, esse novo modelo econômico pretende formular estratégias para fomentar o crescimento inclusivo e sustentável, bem como a recuperação econômica em períodos de crise.
para a Cooperação Sul-Sul (Foto: Divulgação)
“Conseguimos por meio dos relatórios mostrar a importância do setor criativo ser reconhecido, sobretudo no nível da política, mas ainda temos que trabalhar muito para fazê-lo amplamente conhecido”, argumenta Francisco Simplicio, chefe da Unidade Especial para a Cooperação Sul-Sul do PNUD.
Os países que mais exportam bens criativos, de acordo com o documento da ONU, são: China, Estados Unidos, Alemanha, Hong Kong, Itália, Reino Unido, França, Holanda, Índia, Bélgica, Canadá, Japão, Áustria, Espanha, Turquia, Polônia, México, Tailândia e Cingapura.
As indústrias criativas, pela classificação da UNCTAD, se dividem em quatro grandes grupos, que são patrimônio cultural, artes, mídia e criações funcionais. Veja as características de cada um:
Patrimônio Cultural: É a herança que reúne aspectos culturais dos pontos de vista histórico, antropológico, étnico, estético e social. Este grupo é, por sua vez, dividido em dois subgrupos:
• Expressões Culturais Tradicionais: artesanato, festivais e celebrações;
• Sítios Culturais: sítios arqueológicos, museus, bibliotecas e exposições, dentre outros.
Artes: Inclui as indústrias criativas baseadas puramente em arte e cultura. Este grupo está dividido em dois subgrupos de grande porte:
• Artes Visuais: pintura, escultura, fotografia e antiguidades;
• Artes Dramáticas: música ao vivo, teatro, dança, ópera, circo e marionetes, dentre outros.
Mídia: Este grupo abrange dois subgrupos que produzem conteúdo criativo com a finalidade de comunicar para grandes públicos:
• Publicação e mídia impressa: livros, imprensa e outras publicações;
• Audiovisuais: cinema, televisão, rádio, e outras difusões.
Criações Funcionais: São mais orientadas pela demanda e serviços de indústrias de bens e serviços com finalidades funcionais. A área é dividida nos seguintes subgrupos:
• Design: interiores, moda, gráfico, joias;
• Novos mídias: conteúdo digital, software, jogos e animação, dentre outros;
• Serviços de Criação: arquitetura, propaganda, pesquisa e desenvolvimento (P&D), e serviços culturais.
A indústria de esign, em especial, vem se apresentando como uma área capaz de promover equilíbrio econômico. A China, além de ocupar o primeiro lugar da lista, também é o principal exportador de produtos de design entre as economias em desenvolvimento. Segundo o relatório da ONU, na perspectiva comercial, design é a indústria criativa mais importante para o país.
A economia criativa no Brasil

do MinC (Foto: Divulgação/Pedro França)
“Necessitamos construir no Brasil dados confiáveis sobre a economia criativa”, afirma Cláudia Leitão, secretária de Economia Criativa do Ministério da Cultura. “É muito provável que o Brasil se mantenha atrás pela ausência de pesquisas capazes de revelar os verdadeiros números que essa economia movimenta.”
Outro fator para esse atraso é a grande atuação informal nos setores criativos. Uma das tarefas da Secretaria de Economia Criativa, segundo Leitão, é contribuir para a formalização dos setores criativos. Isso permitiria uma melhor avaliação da força dessas atividades no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.
Disponível em: http://redeglobo.globo.com/globoecologia/noticia/2012/07/conheca-relacao-dos-paises-que-mais-exportam-bens-criativos-hoje.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário