Google lançou Android sabendo que teria problemas com Oracle, diz juiz
Por IDG News Service
Publicada em 13 de julho de 2011 às 08h30
Para juiz que estuda o caso de violação de patentes, gigante tentou adquirir licenças, mas, devido ao alto custo, liberou SO sem tê-las.
A Google, “possivelmente”, já sabia que o Android violaria patentes da linguagem Java, pertencentes à Oracle, mas decidiu lançá-lo assim mesmo. É o que afirma o juiz responsável pelo processo, em carta divulgada na terça-feira (12/07).
William Alsup elaborou o documento como resposta à moção da Google, que pretendia desqualificar as conclusões de um especialista da Oracle quanto aos danos causados. As duas companhias enviaram seus argumentos, e estes serão ouvidos em 21/07.
“Ao estudar os papéis submetidos, parece-me possível que a Google reconhecia que infringiria parte da propriedade intelectual referente ao Java e, por isso, iniciou negociações com a Sun – antiga detentora – para obter as licenças. No entanto, ao verificar que elas seriam muito dispendiosas, resolveu esquecê-las, e lançou o Android sem tê-las adquirido”, escreveu Alsup, da Corte Distrital da Califórnia, nos Estados Unidos. Nenhuma das partes comentou as observações do juiz.
Leia mais: Google copiou Java, afirma especialista
De acordo com o especialista contratado, a gigante das buscas deve até 6,1 bilhões de dólares à Oracle por desrespeitar sete patentes. A companhia estima em 2,6 bilhões o valor devido.
Uma pergunta que ainda precisa ser respondida é se Alsup continuará no caso ou se o abandonará enquanto o Escritório de Patentes dos Estados Unidos reexamina as propriedades intelectuais em questão, por solicitação da Google. Aparentemente, ele está pressionando às empresas a agilizarem o processo ou a chegarem a um acordo, afirma Florian Mueller, jornalista que cobre os embates legais entre companhias de tecnologia.
“A notícia desta terça-feira é um indício de que a Google terá de reconhecer seu débito”, disse o jornalista. “O problema é que o pedido da Oracle é bem maior do que a quantia que a gigante pretende pagar, principalmente em se tratando de um produto cuja licença é gratuita. Não se sabe se o valor será reduzido de modo que as duas cheguem a um acordo.
William Alsup elaborou o documento como resposta à moção da Google, que pretendia desqualificar as conclusões de um especialista da Oracle quanto aos danos causados. As duas companhias enviaram seus argumentos, e estes serão ouvidos em 21/07.
“Ao estudar os papéis submetidos, parece-me possível que a Google reconhecia que infringiria parte da propriedade intelectual referente ao Java e, por isso, iniciou negociações com a Sun – antiga detentora – para obter as licenças. No entanto, ao verificar que elas seriam muito dispendiosas, resolveu esquecê-las, e lançou o Android sem tê-las adquirido”, escreveu Alsup, da Corte Distrital da Califórnia, nos Estados Unidos. Nenhuma das partes comentou as observações do juiz.
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De acordo com o especialista contratado, a gigante das buscas deve até 6,1 bilhões de dólares à Oracle por desrespeitar sete patentes. A companhia estima em 2,6 bilhões o valor devido.
Uma pergunta que ainda precisa ser respondida é se Alsup continuará no caso ou se o abandonará enquanto o Escritório de Patentes dos Estados Unidos reexamina as propriedades intelectuais em questão, por solicitação da Google. Aparentemente, ele está pressionando às empresas a agilizarem o processo ou a chegarem a um acordo, afirma Florian Mueller, jornalista que cobre os embates legais entre companhias de tecnologia.
“A notícia desta terça-feira é um indício de que a Google terá de reconhecer seu débito”, disse o jornalista. “O problema é que o pedido da Oracle é bem maior do que a quantia que a gigante pretende pagar, principalmente em se tratando de um produto cuja licença é gratuita. Não se sabe se o valor será reduzido de modo que as duas cheguem a um acordo.
(Chris Kanaracus)
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